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↔ Ciclos da Vida ↔

Vento

Engulo meu pranto, driblo a dor,
Encaro os fatos, os erros, os atos...

Faço-me forte, alço meu porte
E de cabeça erguida tento me erguer
Das quedas da vida...

Mesmo ainda frágil, olvidando os medos
Sepultando segredos,demonstro coragem
Pra continuar...e lutar.

E assim vou vivendo, não se deve parar!
São os ciclos da vida, andar e chegar...

Às vezes me entrego ao vento,
num lânguido e frio lamento:

“ Me leva pra onde soprar...
Bem longe, pra não mais voltar...”

E me pego levitando num mundo distante,
Onde quero pousar...

Ou então peço ao tempo,
inflexível, irreversível... Senhor da Razão!

“Ensina-me a viver sem emoção,
Já que não se dobra à nenhuma sensação.”

Não para, não sente, segue sempre em frente,
Indiferente ao passado,
Ao que nos foi tão sagrado...
Ao que queremos esquecer...

Precisa cumprir sua missão!

Persegue o futuro, esse desconhecido,
Um tanto atrevido, mistério escondido,
Que chega em arremesso:

“ É o Novo! O recomeço!”
E o Hoje nos dá de presente...

Somente hoje, vivamos intensamente,
Que logo vai se acabar...

Uma pausa pra refletirmos
Qual caminho tomar?!

Cada um vai para um lado,
Jogando na sorte, apressado...

Corrida incessante, jogo bizarro;
Partida ganha...É o fim da jornada.

E depois da chegada?

By: Carmem Lúcia

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" Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..."

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