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• Soneto da Separação •

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De repente do riso fez-se o pranto...
Silencioso e branco como a bruma!

E das bocas unidas fez-se a espuma...
E das mãos espalmadas fez-se o espanto!

De repente da calma fez-se o vento,
Que dos olhos desfez a última chama!

E da paixão fez-se o pressentimento...
E do momento imóvel fez-se o drama!

De repente, não mais que de repente...
Fez-se de triste o que se fez amante!

E de sozinho o que se fez contente...
Fez-se do amigo próximo o distante!

Fez-se da vida uma aventura errante!
De repente, não mais que de repente...


* Vinicius de Moraes *

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" Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..."

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